Quem é que nunca se perguntou se realmente estamos sozinhos no Universo, se não existem formas de vida em outros planetas além do nosso? Há quem busque — e espere — ativamente algum sinal vindo do espaço, mas a verdade é que nunca foram encontradas evidências concretas que pudessem confirmar a presença de seres extraterrestres.
No entanto, com tantos avanços na área da exploração espacial conquistados nas últimas décadas, será que não podemos adotar uma postura mais proativa nessa busca?
1 - Nos meteoritos:
Existem registros de aproximadamente 22 mil meteoritos que caíram aqui na Terra, e em muitos deles foi detectada a presença de matéria orgânica. Na década de 90, inclusive circulou a notícia de que um grupo de cientistas havia detectado microfósseis em um desses objetos de origem marciana, que havia sido encontrado na Antártida.
A questão continua em debate, pois ainda não foi possível comprovar se o tal meteorito realmente contém formas de vida marciana ou não. Contudo, caso isso seja comprovado, essa evidência poderia dar suporte à teoria de que a vida existe sim em outros planetas, e que a vida aqui na Terra pode ter tido a sua origem a partir de fragmentos provenientes do espaço.
2 - Em Marte;
É bastante evidente — e inclusive já foi confirmado oficialmente — que uma das missões da Curiosity em Marte é a de descobrir se já existiu no planeta algum tipo de forma de vida. A sonda espacial continua procurando, mas já encontrou áreas na superfície do Planeta Vermelho que ofereceram no passado condições favoráveis à vida.
E além de antigos leitos de rios, vulcões, calotas polares e minerais que se formam na presença de água, já foram detectados elementos químicos como o nitrogênio, oxigênio, enxofre e o carbono — todos ingredientes necessários para a existência de vida microbiana —, além da presença de metano na atmosfera, o que, segundo os cientistas, é uma indicação de que podem existir bactérias debaixo da superfície liberando esse elemento.
3 - Nas Luas de outros planetas;
Foram encontradas evidências de que podem existir oceanos subterrâneos tanto na lua Europa como na Calisto, ambas satélites de Júpiter. Na primeira, Europa, os cientistas teorizam que pode existir um oceano escondido sob a superfície gelada, contendo oxigênio em sua composição em quantidade suficiente para “abastecer” cerca de 3 bilhões de quilos de microfauna.
Já na segunda lua, Calisto, a sonda espacial Galileo da NASA detectou uma variação no campo magnético do satélite que indica a presença de correntes marítimas. Além disso, a sonda também detectou outras evidências de que essa lua pode contar com um oceano, possivelmente salgado, escondido sob a superfície.
Além dos satélites de Júpiter, os cientistas acreditam que as luas de Saturno também podem conter formas de vida. Em Titã, por exemplo, apesar das temperaturas na superfície abaixo dos -170 °C, foram detectados o metano na forma líquida, o hidrogênio e o acetileno. Já em Enceladus, as temperaturas parecem ser mais amenas e, além de gêiseres expelindo gás e gelo, também foram detectados nitrogênio, oxigênio, carbono e hidrogênio.
4 - Nos Exoplanetas;
De acordo com as estimativas, apenas na Via Láctea é provável que existam 400 bilhões de estrelas, sem falar em incontáveis planetas. Isso significa que existem bilhões de astros potencialmente habitáveis por aí. Basta que esses planetas orbitem a uma distância ideal de suas estrelas e que contem com os ingredientes certos em sua superfície e atmosfera. Só precisamos encontrar um desses mundos!
5 - Na nebulosa de Orion;
Os cientistas descobriram que a Nebulosa de Órion, localizada na Via Láctea, é uma espécie de “maternidade” galáctica. Ela se encontra a aproximadamente 1,5 mil anos-luz de distância da Terra e parece conter materiais orgânicos necessários para a formação da vida, como moléculas de água, monóxido de carbono, metanol, cianeto de hidrogênio, dióxido de enxofre, formaldeídos etc.
6 - Nas gigantes vermelhas;
De acordo com um estudo apresentado por um grupo de astrônomos, as gigantes vermelhas em processo de “falecimento” são capazes de ressuscitar planetas gelados, e esse renascimento poderia também levar ao surgimento de seres vivos.
Durante o processo de morte estelar, esses astros explodem liberando uma quantidade absurda de energia. Ao atingir os astros gelados, essa energia poderia descongelar camadas da superfície, que, por sua vez, poderiam dar origem à vida.
7 - Nos confins do Universo;
O Universo é um espaço inimaginavelmente gigante, repleto de sistemas solares, galáxias, planetas, estrelas, poeira cósmica, gases etc., e jamais seremos capazes de explorá-lo completamente. Além disso, não devemos limitar a busca a formas de vidas complexas — muito menos a criaturas inteligentes.
Até onde sabemos, para que seja possível existir vida, os aminoácidos e a água são ingredientes indispensáveis. No entanto, quem garante que não existam formas de vida em locais inexplorados nos quais simplesmente jamais poderemos alcançar e cuja base para a sobrevivência seja completamente diferente da que conhecemos?